Hey, vem cá!
Hey, vem cá! Senta aqui, vamos conversar?
Aceita uma água, um café ou um chá?
Faz algum tempo que não apareço por aqui, algumas coisas acabaram perdendo o sentido e eu tenho repensado e repensado tudo que faço na vida e qual rumo seguir.
Vocês já se sentiram um pouco assim também?
Esses é um daqueles momentos da vida que você começa a tentar entender que rumo quer tomar na vida, quem está presente e quem não está. Crescer tem lados bons, mas, minha nossa, tem uma parte que é uma merda kkkkkkk.
Eu fiz até uma poesia esses dias, talvez eu libere em breve, sobre se sentir "azul". É um sentimento que vem me visitar de tempos em tempos e eu odeio esse sentimento. Crescer tem tido um gosto azul e eu não gosto desse gosto.
Acho que faz parte da vida se sentir assim de vez em quando, um momento que parece que estamos mergulhados em um limbo, nem feliz e nem triste, apenas meio azul.
Sei que as coisas acabam passando e que o tempo se renova, mas é um saco essa experiência de meio tempo em que nem é tudo e nem é nada. Se tenho certeza de algo é que o tempo se renova e que tudo acaba passando, cedo ou tarde, e, quando menos esperamos, estamos seguindo a vida e deixando esses sentimentos para trás.
Acho que viver é isso, deixar para trás.
E isso é interessante, porque, quando você deixa aquilo que machuca para trás, você se permite a seguir em frente e viver o que há para ser vivido. É um sentimento agridoce, acho que tudo comigo nos últimos tempos é algo assim, uma sensação agridoce.
Tenho me desconectado das redes sociais, apesar de saber que, atualmente, é minha única maneira de divulgar minhas obras. Sabe por quê? Porque percebi que perdeu todo o sentido.
As vezes que entrei em redes como instagram, ou até meu queridinho Twitter, percebi que se tornou inconsciente me comparar com diversas pessoas que possuem oportunidades diferentes e partem de pontos diferentes, então, tudo que pude perceber de verdade é que isso não faz sentido nenhum. Cada vez mais entendo famosos que só se desconectam das redes sociais e vão viver a própria vida e fazer suas coisas e coisas simples. Sabe, é doido pensar isso, mas nós não precisamos estar sabendo tudo da vida do outro o tempo todo, na realidade, por que raios precisamos saber o que o outro está fazendo ou deixando de fazer?
As consultas com a terapeuta têm me ensinado que redes assim são a reprodução de uma gigantesca mentira, nem mesmo as fotos são de verdade, todas editadas para serem perfeitas quando estamos muito, muito longe de sermos perfeitos.
Quando foi que nós deixamos isso tudo chegar nesse ponto?
Sinto saudades do tempo em que só podíamos sermos humanos como somos, com inúmeros defeitos e qualidades, mas reais.
Essa perfeição me sufoca, são expectativas demais sobre meus ombros. Por que eu deveria postar diversas fotos sorrindo no Instagram ou frases motivacionais se eu não estou me sentindo assim?
Tenho percebido que quero ser mais fiel a mim mesma e fazer aquilo que sinto vontade, sem pressão dessa perfeição absurda, porque descobri que eu sou eu, assim como você é você e tá tudo bem, somos todos diferentes.
E isso é fantástico! É fantástico sermos diferentes e tudo que possamos aprender tanto com isso.
Seria muito bom se pudéssemos sermos mais sinceros um com o outro, e, principalmente, com nós mesmos.
Se eu pudesse, por pelo menos um final de semana, eu gostaria de me desconectar de toda rede social e só aproveitar tudo ao meu redor sem sentir essa cobrança irreal que a sociedade bota sobre nossos ombros.
Esses dias eu saí sem celular, fui caminhar na rua, e eu vi a vida acontecendo ao meu redor. O tempo estava bom, o céu estava lindo, havia pássaros cantando, árvores no seu mais profundo verde... Seria bom se pudéssemos fazer isso mais vezes.
Se você puder, vai dar uma volta na rua (não esqueça a máscara) e veja a vida acontecendo. As vezes acabamos perdendo muito tempo vivendo online e esquecemos que existe uma vida offline que é o que realmente importa.
É isso, acho que a conversa é sobre isso. Em breve eu devo voltar as redes, mas, por enquanto, eu preciso desse tempo para colocar a cabeça no lugar.
Obrigada por não desistirem de mim.
Um xêro,
Thya




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