Hey, vem cá! Senta aqui, vamos conversar? Aceita uma água, um café ou um chá?

Eu não sei muito bem sobre o que será a conversa de hoje, mas senti a necessidade de escrever. Talvez assim as palavras possam fazerem sentido. 

Ou talvez os meus sentimentos façam...

Já pararam para pensar em como o tempo ajuda a esclarecer algumas coisa? Sinto que o passar dos anos está me fazendo bem. Aquele caos mental de sentimentos parecem mais organizados conforme os meses avançam. 

Minha eu de antes não entendia muito do que estava acontecendo ao redor, mas sinto que minha eu de hoje saiu do olho do furacão e hoje consegue ver a extensão dos danos de uma forma melhor. 

Percebi que o tempo passa, que nós mudamos e mudamos. Minha eu do começo do ano e minha eu de agora somos pessoas completamente diferentes, como algum ar de poesia de quem está vivendo a vida um dia de cada vez.

Interessante, não é? Logo eu que vivo com a cabeça no futuro, o coração no passado e o corpo no presente, estou aprendendo a alinhá-los e viver o agora, pois esse é o meu presente do Tempo.

Como pode mudarmos tanto em meses? Isso talvez seja uma mágica da vida que eu nunca vá entender.

Mudar é bom, faz bem para a alma e acalma o coração.

Descobri que amo voar, assim como o nome do meu blog, mas descobri também que voar não impede que eu tenha um ninho para sempre pousar quando me sentir um pouco cansada.

Acho que crescer é isso: se descobrir um pouco a cada dia que passa e entender que tá tudo bem mudarmos e mudarmos tudo de novo se assim quisermos. 

Talvez seja essa a mais preciosa lição da vida: ela acontece. Muitas vezes diante dos nossos olhos, mas estamos tão ocupados com nosso caos interno que não paramos para perceber.

E a vida vai acontecendo em pequenos detalhes, como o sol nascendo, ou em gestos singelos, como um abraço de despedida.

As vezes a gente derruba algumas lágrimas aqui e ali, assim como um riso leve feito a alma. Li em algum lugar que o desequilíbrio é o que faz a vida se equilibrar. Isso alugou um triplex na minha cabeça porque é quase isso, não dá para ser feliz o tempo todo, muito menos triste ou raivoso o tempo todo. Cada emoção é necessária para que a gente possa aprender e se permitir sentir nessa longa estrada, porque, na realidade, a vida acontece e a gente precisa entender que tá tudo bem se nesses caminhos se encontrarem e desencontrarem em algum momento, pois eles podem virem a se reencontrarem lá na frente, e foram incríveis no momento em que duraram.

Depois de tanto tempo, finalmente me permiti viver a vida como ela é, e, mesmo que derrube algumas lágrimas aqui e ali entre sorrisos, vale a pena cada minuto.

Vem comigo caminhar por essa estrada? Eu já te prometi antes e posso garantir novamente que a chegada não importa, mas sim o caminho, pois tem uma bela vista...

Um xêro,

Thya