Hey, vem cá!
Hey, vem cá! Senta aqui, vamos conversar? Aceita uma água, um café ou um chá?
Como tenho ficado em casa ultimamente (aliás, por favor, fique em casa se puder, os números da pandemia estão aumentando novamente), tenho refletido mais sobre quem sou, onde estou e onde quero estar. Sabe aquele tipo de reflexão que você, em algum momento da vida, começa a ter?
Basicamente isso.
Quem me segue nas redes deve ter visto a série de tweets que fiz sobre a vida, sobre tudo. Eu os compilei abaixo e juntei em um texto, pois, nesse dia, magicamente, comecei a abrir os olhos, os da alma, para muita coisa que eu me forçava a não ver.
Quando o Pequeno Príncipe fala que "só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos", sempre esteve tão certo... Porém, eu nunca havia imaginado que eu precisava ver a mim mesma com o coração também. Faz sentido? Não sei nem se o português dessa parte está correto, mas, se a informação foi entendida, já cumpriu sua missão (badumtss*)
É um comportamento muito, mas muito contraditório em que tem me feito pensar sobre tudo. É uma péssima sensação sentir-se tão confusa assim, eu ainda me sinto, é como se meu cérebro mostrasse as coisas ruins que aconteceram e meu coração viesse como um advogado do diabo e argumentasse "hey, tiveram coisas boas também", e assim os dois começassem uma longa batalha no meio de um tribunal que ocorre dentro de mim.
Nesse conflito, chorei bastante. Passei algumas noites em claros e talvez todo escritor tenha exatamente essa variação a respeito do próprio coração, um pico de intenso amor e choro desenfreado. Mas, de verdade, tem algo de libertador chorar e colocar tudo para fora, chega meu coração tá mais leve
E o foda(gente, desculpa, mas tem hora que só um palavrão consegue expressar o que a gente tá sentindo) é que muitas vezes, as pessoas ao seu redor te alertam e, por mais que uma parte sua queira escutá-las, seu coração é meio idiota e bate mais forte, a ponto de te deixar surdo para as verdades que não queremos acreditar.
Aí é onde mora o perigo, porque deixa a gente meio perdido, não é?
Sei que é normal se sentir assim, e eu digo isso por mim também, mas o que me ajudou foi escutar as pessoas que me amam.
Doeu, não foi fácil, assim como nunca é quando se trata de verdades.
Escute as pessoas que te amam, mesmo que suas palavras sejam duras. Elas conseguem ver coisas que nós não conseguimos e isso ajuda e muito. Confie também nessas pessoas, sei que é difícil porque a gente tem medo de levar um puxão de orelha, mas as vezes esse puxão é necessário, pois, quem ama um montão a gente, não vai querer que a gente se prejudique lá na frente.
Essa é a mais pura e dura verdade. Família e amigos de verdade vão te dizer quando você estiver errando, pois não querem que você sofra por conta desses erros. Eles serão sinceros e a verdade pode doer quando estamos tão iludidos em uma mentira.
Vai doer para um caralho... Vai machucar e ferir, porque abrir os olhos dói. Encarar a realidade, dói. Porém, nós iremos no curar e nos reerguer, pois faz parte da vida cair e levantar.
Nesse processo de cura, a gente só mantém por perto aquilo que nos faz bem, e quem nos faz bem. O que não nos acrescenta ou tenta diminuir quem somos para caber em pequenos espaços...
Bem, essas pessoas estão fazendo hora extra na nossa vida e precisamos deixá-las irem, assim como o mais difícil: se permitir ir.
Por você ser uma pessoa amada, isso mesmo, você que está lendo, seja mais gentil consigo mesma. Não se coloque em situações que só há desamor. Você foi e é uma pessoa muito amada, jamais duvide disso.
Se abraça forte, se beija a própria testa, olha nos teus próprios olhos e seja gentil consigo mesma. Você é uma pessoa linda e brilhante, não duvide disso. Suas asas são incríveis, não permita que as cortem para encaixá-las em um espaço pequeno
"Suas asas sempre existirão, mesmo que escondidas, dentro do seu peito, ansiando para se verem livres para voar", como diria minha amada Don.



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