Lágrimas quentes que desciam ácidas pelas bochechas vermelhas.
Lágrimas traiçoeiras que denunciavam tudo aquilo
que havia escondido por anos.
Lágrimas cruéis que externavam todos os seus
sentimentos mais loucos.
Lágrimas incensáveis que insistiam em se
derramarem por algo que não lhe pertencia.
Lágrimas malditas que expressavam a dor de forma
muda, no silêncio horrível da mágoa.
Lágrimas silenciosas expostas ao vento,
secando-se com a frieza do mundo, com a tristeza do amor e com as decepções de
mais um coração remendado.
Lágrimas gritantes, que gritavam em seu silêncio
ambíguo a dor da traição de mais um amado.
Lágrimas soluçadas, que expressavam por pequenos
sons tudo aquilo que doía dentro de si, que falavam em murmúrios, que
imploravam pelo amor.
Lágrimas apaixonadas, tão cegas pela paixão que
não enxergavam a verdade.
Lágrimas que poderiam ser doces de alegria, mas
eram amargas como a sua alma.
Lágrimas, lágrimas, lágrimas.
Malditas lágrimas,
Gloriosas lágrimas,
Inconfundíveis lágrimas,
Que entregavam o pequeno coração remendado, que
mostravam aquilo que não podia ser falado, que amavam, mas não eram amadas. Que
desejavam, mas não eram desejadas.
Apenas lágrimas, apenas sentimentos externados,
apenas desejos impensados, apenas vontades proibidas, apenas pensamentos
arrasados, apenas um coração quebrado.
Thyaly Diniz



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