Hey, vem cá!





Hey, vem cá! Senta aqui, vamos conversar? Aceita uma água, um café ou um chá?

Para aproveitar a semana da paixão, hoje eu vou trazer uma conversa gostosa sobre sentir.

Pega a sua bebida e vem comigo!



Esses dias (na verdade, tem um bom tempo) eu estava conversando com minha psicóloga sobre sentimentos. Eu já falei aqui antes sobre ter dificuldade para falar como me sinto e é por isso que eu escrevo tanto. Meus sentimentos se traduzem de forma mais fácil através das palavras.

Vocês têm a sensação que estamos numa sociedade do desapego? 

Eu estava refletindo sobre isso: sobre como parece que precisamos demonstrar menos, sentir menos, aquele medo de se entregar para viver de forma intensa tudo o que a vida tem para nos proporcionar...

Isso ultimamente tem alugado um triplex na minha cabeça. Eu tinha um receio muito grande de me entregar quando mais nova por diversas questões, mas hoje eu paro e penso como nós, sociedade, ficamos assim, com tanto medo de nos machucarmos. 

Acho que, quanto aos assuntos do coração, qualquer golpe parece fatal. Porém, quem nunca morreu de amor e continuou vivendo?

Quem está escrevendo isso é uma capricorniana com ascendente em virgem e atuante na área de divórcio. 

E, mesmo assim, não sei quase nada sobre a vida, muito menos sobre o amor. 

Porque, mesmo que haja o medo de se machucar, haja o medo de doer, todos nós queremos morrer de amor e continuar vivendo. 

Acho que esse é um dos mais complexos e profundos paradoxos da vida. 

Quando eu era mais nova, eu costumava achar que o amor machucava, mas o amor não machuca, quem machuca são as pessoas por não saberem amar, sejam a si mesmas ou ao próximo. 

A cada dia que passa, mais  aprendizado eu ganho e percebo que nada sei sobre o amor, sei apenas senti-lo e arriscar traduzir em algumas palavras aqui e ali.

E, por justamente não saber falar sobre ele, me atrevo a senti-lo por completo em todas as suas nuances, não apenas por mim mesma, mas por todos que estão ao meu redor. 

Percebi também que amar requer coragem, pois amar é conhecer não apenas as qualidades, mas todos os defeitos e escolher ficar mesmo assim. É entender que podemos trabalhar para evoluirmos e nos tornamos melhor.

A vida é engraçada, não é?

E o mais engraçado é saber que eu e você podemos ter concepções completamente diferentes sobre o amor, e ainda ser amor da mesma forma. 

O que você acha sobre o amor?

Acho que minha única forma de terminar essa conversa que parece sem rumo algum é dizer que permita-se sentir tudo o que há para sentir, mesmo que derrube algumas lágrimas no caminho. Os melhores momentos da vida são aqueles que nos entregamos com intensidade e, melhor ainda, com o coração aberto para amarmos e sermos amados. 

Um xêro, 

Thya


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