Hey, vem cá!



Hey, vem cá! Senta aqui, vamos conversar?

Aceita uma água, um café ou um chá?

Hoje a conversa é sobre crescer e perceber que cresceu.



Pega sua bebida e vem comigo para a gente se aventurar nessa coisa doida que é amadurecer.

Ontem eu precisei ir até o shopping para tirar fotos 3x4 e aí que acabei reencontrando um amigo meu. Fazia uns dois anos que eu não o via e a gente não trocava mensagem desde o ano passado. Não por qualquer mal entendido ou coisa do tipo, pelo contrário, só aconteceu da vida adulta ir tomando nosso tempo, eu fui mudando, ele também e assim fomos seguindo nossos caminhos.

Foi muito estranho, mas não de uma forma ruim, e sim de uma forma tão suave, natural e genuína... a sensação que eu fiquei foi que pareceu que tínhamos nos visto dias antes e não cerca de dois anos atrás.

Eu fiquei com essa sensação gostosa no peito de que, apesar do tempo ter passado, as coisas também terem mudado, o carinho ainda é o mesmo.

E aí que eu fui dormir umas 3:00 da manhã refletindo sobre amadurecer. Abri meu Instagram pessoal, fui ver algumas pessoas que eu seguia e que não acrescentavam e nem nunca acrescentaram em nada. Foi de um jeito que eu dei unfollow sem dó. Isso pode parecer irrelevante, mas, quando eu era adolescente, eu dava valor demais para a opinião dessas pessoas que só me faziam mal.

Percebi que estou amadurecendo.

Não é só quando os boletos vão começando a chegar ou com a feira do fim do mês, ou ainda saber diferenciar água sanitária azul da branca. Não é apenas com essas coisas simples que você percebe que está virando adulto. Começa devagar e sem você perceber, até que em um dia, você tem algum tipo de epifania que te faz entender que a vida é sua e você faz o que você quiser e que se f*da o que as pessoas vão julgar sobre.

Para quem cresceu escutando opiniões que não foram pedidas, ter essa epifania é quase como uma sensação de paz após tanta turbulência. É você entender que a vida não é essa maratona desesperada que nos fazem acreditar, pelo contrário, a vida é como um passeio, com uma vista surpreendente a cada milha alcançada.

Foi nostálgico e rever esse amigo me fez pensar onde estão meus amigos da época do colégio, se estão bem, se estão realizando sonhos, se mudaram tanto também. De uma forma simples, desejei poder beber um vinho sob a lua estrelada com eles, escutar suas histórias, saber quais escolhas fizeram e entender o porquê de estarem onde estão agora.

Essa parte dos vinte é um pouco doida, é onde você vai fazendo suas escolhas, há aquele medo de errar e não saber se vai conseguir. É confuso e piora quando você começa a se comparar com outros que partiram de pontos tão diferentes do seu.

Porém, em algum momento, parece que tudo ao seu redor se encaixa e as coisas fazem sentido.

De uma forma suave como uma brisa, o tempo beija nossa testa, acalma nosso coração e fica tudo bem, as coisas começam a finalmente fazerem sentido e você entende. Acho que isso é o mais fascinante: você simplesmente entende. Entende a vida, entende suas próprias escolhas, as escolhas dos outros, entende que viver é como respirar uma tarde de primavera.

Que você possa ter reencontros que causem paz e não conflito em seu peito.


Um xêro, 

Thyaly

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