Meu mais sincero desabafo

Coração Partido, Triste, Menina, Coração, Amor


Interessante, certo? 


Acho que é a segunda vez que me pego pelas palavras sem saber como me expressar. Continuamos nessa, fingindo como se nada tivesse acontecido. Eu continuo mentindo para mim mesma de que é tudo coisa da minha cabeça, e você continua mentindo para si mesmo de que não sente nada. Mas, naquela noite estrelada e luarada, eu vi os seus olhos. Eu vi a verdade ali, eu também estava sendo verdadeira. Ambos estivemos no máximo de nossa sinceridade, naquilo que sentíamos ser certo, mas que era errado. Muito errado.

Apesar de tudo, você não deve se sentir nem um terço de como me sinto, pois sou a única que as lembranças vêm como ondas e beijam meus pés na areia crua da realidade. 

Continuamos nesse jogo em que temos medo de admitir. Medo de admitir para nós mesmos, medo de admitir um para o outro. Temos medo da verdade, pois nós dois sabemos qual ela é. Temos medo do novo, pois parece assustadoramente incrível em seus mistérios controversos. É, se posso ter certeza nesse momento de algo, é que temos medo. 

Medo de arriscar e ser feliz.

Medo de arriscar e arruinar tudo o que temos.

Estamos sendo movidos pelo medo, que bela atitude covarde de se agir. Agindo assim apenas numa esperança de sobreviver a esse turbilhão de emoções que nos deixa confusos, num último suspiro de misericórdia para que isso tenha fim. 

O tempo passou, nós dois mudamos. Já não sei quem sou, ou quem serei. 

Todos já comentam tudo aquilo que não temos coragem de dizer, enquanto só fingimos que é coisa da cabeça deles, uma fábula com lição de moral no fim. 

Uma lição que deveríamos sermos sinceros um com o outro, mas continuamos nos submetendo a isso. 
Eu não sou santa, sempre estive longe de ser uma. Entretanto, ainda parece haver conflito entre meu coração e meu cérebro, menos naquele dia... aquele dia em que só eu lembro.

Contraditório, não? Um dos seus momentos mais doces e eu sou a única que me lembro. 

Esse é só mais um sincero desabafo no meu blog ordinário, que provavelmente ninguém nunca chegará a ler. Um desabafo de um coração em conflito, com lembranças que mais parecem delírios, mas causaram sensações demais para serem apenas fruto de minha fértil imaginação. Sei naquele momento que eu, nem em meus momentos mais iludidos, seria capaz de criar algo desse tipo.

Continuamos nisso, com verdades que não foram ditas. 

Com sentimentos que não foram expressados. 

Continuamos nesse medo de sermos quem somos, lutando contra uma verdade que parece inevitável. 
Eu me pergunto onde chegaremos e até que ponto isso se tornará insustentável. Se iremos nos separar e tornarmos dois desconhecidos que foram melhores amigos ou... bem, não sou criativa o bastante para imaginar a outra opção. Parece ilusória demais para ser real

Eu e você, pode imaginar? 

Nem em meus sonhos eu cogitaria algo assim, afinal, nós dois somos reféns do medo de sermos felizes, machucados demais para confiarmos em nossa imaturidade para lidar com isso.

É isso, acho que esse é o meu mais sincero desabafo, de um coração em conflito que prefere mentir para si mesmo com medo da realidade. 

Talvez, ficar junto se torne inevitável e é por isso que temos tanto medo. Temos medo da intensidade um do outro. 

Não, é, meu bem?

Um sincero desabafo de um coração em frangalhos.

Thyaly Diniz

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