A longa saga em busca da escrita






Hey, vem cá! Senta aqui, vamos conversar?
É com essa foto, sentada no trono de ferro, que trago o começo de uma saga que começou de uma forma que eu não faço ideia de onde me levará. Então, meu caro leitor, ou leitora, sente-se, pegue sua pipoca que hoje eu vou contar um pouco sobre como comecei a escrever.

Em um tempo longínquo, onde minha única preocupação era em fazer atividades de abc e dormir durante a hora da soneca para ter energia para brincar, eu aprendi a escrever. Pois é, não estou sendo exagerada, foi definitivamente quando aprendi a escrever, com 6 anos, que comecei a inventar historinhas. Elas foram crescendo conforme eu cresci. No começo, eram bem simples, tinham uma ingenuidade calorosa, mas, com o passar dos anos, fui aprendendo a lidar com os diversos mundos que criei em minha mente e a entender como eles funcionavam e como cada personagem era único. 
Parece louco, não é? Talvez seja. 
Vou te contar um segredo, mas não conta a ninguém, viu?
Todo guarda um pouquinho de loucura dentro de si. Alguns só admitem e outros não.

Bem, minha mãe é professora (te amo, mãe), e ela sempre me incentivou a buscar cada vez mais conhecimento. Quando eu aprendi a escrever, com seis anos, eu tinha um caderninho rosa que eu gostava de escrever sobre meu dia. Era tipo um diário, mas sem cadeado. Na minha época, eles eram bem caros, então eu improvisava com o que tinha. Eu lembro de escrever sobre meu dia, ir até minha avó (te amo, Teté, onde quer que esteja) e ler para ela o que eu escrevia. Lembro de que, frequentemente, era quando ela estava lavando os pratos na cozinha e só ficava eu e ela em casa. É uma lembrança gostosa.
 Depois disso, minha mãe tinha um trabalho com os alunos dela onde eles tinham que criar histórias em quadrinhos. Eu lembro de ter feito uma historinha em quadrinho, quando eu tinha uns 9 anos, por aí. Acredito que minha mãe ainda tenha guardado. Eu desenho muito mal, mas a história era bonitinha. 
Os anos se passaram e eu tomei gosto pela leitura, devorando cada vez mais livros. O meu primeiro livro "enorme" foi "Toda Mafalda", que continha todas os quadrinhos de Quino. Devorei em uma semana. Eu tinha 10 anos. Fiz seminários de literatura, com minha professora, onde eu venci boa parte da minha timidez.

Pois é, timidez. Devo ser a única tagarela no mundo que é tímida. Eu superei boa parte disso, mas, às vezes, sou tomada por uma vergonha enorme e fico sem jeito até para dizer "oi".

Então, vou adiantar um pouco dessa história. Com 12 anos, na minha época de obsessão por vampiros e Fiuk (sem maiores detalhes, por favor), eu comecei a escrever. Uma história "de verdade", que trazia um pouco de mim, mas um pouco mais de personagens que foram criando "vida própria". Apenas uma pessoa leu essa história, e foi uma das minhas melhores amigas, Bia (ou Beatrice. Você deve conhecê-la de Codinome Pandora, leitor ou leitora). Com 14 anos, eu tive uma ideia em uma aula de redação onde tive que continuar uma narração, uma ideia onde uma jovem garota, com um passado conturbado, teria uma vida dupla e lutaria pelo bem de todos. 
Conhece, leitor? 
De início, chamou-se Agente 99, mas você deve conhecer por Codinome Pandora. A história passou por muitas e muitas revisões até chegar em suas mãos e ser o que é hoje. Acredito que minha eu do passado jamais imaginaria a proporção que tomaria. Acredito que ela ficaria feliz tanto quanto eu fiquei.
Quando eu tinha 15 anos, e me mudei para Recife, a história ficou parada por causa de um único comentário. Eu era insegura demais, isso é um fato, e esse comentário me machucou. Ele veio de uma pessoa que eu julgava ser amiga. Essa pessoa, a qual eu lembro o rosto e o nome, me disse: Adolescentes não publicam livros, meu tio trabalha com isso e eu sei disso. 
Aquilo quase me fez desistir, e por mais que eu continuasse escrevendo coisas, eu jamais pensava em publicá-las. Isso durou um ano, um único ano que me livrou dessa amizade tóxica e me fez aprender uma coisa que irei repassar para você:

Você pode tudo, leitor. Você pode realizar o seu maior sonho, pois isso só depende de você. Quando alguém chegar e disser que não pode, mostre a ela o quanto você pode e seja feliz. Essas pessoas que fazem isso, dizerem que você não pode algo, são amarguradas por sequer tentarem lutar por seus sonhos. Por isso, leitor ou leitora, você tem que lutar e jamais desistir daquilo que sonha e acredita, pois um dia, e esse dia pode demorar, mas vai chegar, você estará realizando seu sonho e sendo feliz, afinal, acho que a vida é efêmera demais para perdemos tempo não sendo felizes.

Voltando a minha narração. Foi no dia 1 de janeiro de 2014 que Codinome Pandora, ainda agente 99, começou, definitivamente, a ser escrito. Levando 10 meses para ser escrito, com pesquisa e mais pesquisa, distração no meio da aula e algumas notas baixas em Física que eu escrevi e terminei meu livro. Depois disso, começou minha saga para publicá-lo, e apenas 3 pessoas tinham lido: Bruna, Isa e Bia. 

Para publicar, começou-se a saga mais difícil, a qual eu chorei tantas vezes que perdi a conta, mas que no final, valeram a pena. Eu levei tantos "nãos" que eu perdi a conta depois do 15 não. O mercado editorial não é fácil de entrar, e muito menos de permanecer. Afinal, estamos em uma sociedade regida pelo dinheiro, e, sem ele, fica difícil se manter na ativa dentro do mundo de interesses.

Porém, leitor, quando eu tinha 17 anos, alguém me disse sim. E esse "alguém" é a Editora Pandorga, a qual eu tenho todo o carinho do mundo. Em uma semana, eu estava fechando contrato, na segunda, eu já estava relendo meu livro para editá-lo. Quando menos percebi, eu estava na Bienal, em São Paulo, onde realizei meus sonhos e tirei essa foto que inicia o post. Além de ter conhecido pessoas maravilhosas, a qual lembro o rostinho e risadas que eu dei, e que guardarei com carinho e para sempre em meu coração.

Porém, a saga ainda não terminou, sequer começou. Eu ainda vou voltar para contar como foi o processo editorial de Codinome Pandora, meu inusitado contato com a Editora Pandorga, e cada umas das histórias loucas que eu vivi  até chegar na Bienal. São tantas que você soltará boas gargalhadas, e derrubar algumas lágrimas, mas espero que se encante e se divirta.

Que, bem, só sei que ainda estou aprendendo e que tenho muito a aprender ainda. 


Afinal, a magia de realizar sonhos por aí é que sempre surge um novo que te faz desbravar pelo mundo...

Aliás, tenho muitas e muitas curiosidades de Codinome Pandora para contar...


Um cheiro,

       Thyaly Diniz

5 Comments

  1. Parabéns tuli!!!Um grande sonho realizado, e muitos novos para serem conquistados.Te desejo toda sorte do mundo nessa jornada,estarei sempre ao seu lado um grande abraço.

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  2. Amei o texto. Cheguei aqui pelo seu comentário no vídeo da Maíra Medeiros, espero que ela te note e indique seus livros. Eu amava escrever também, mas deixei para lá, sua história me deixou com vontade de escrever novamente. Um beijo e espero ter oportunidade de ler teus livros.

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    1. Ahhh!! Desculpa a demora em responder, eu não sei como funciona essa questão de comentários, nunca recebo as notificações
      Muito obrigada pelo carinho, se você ler minhas obras, espero que se divirta tanto quanto eu me diverti escrevendo
      Muito obrigada de todo o meu coração pelo apoio e, por favor, não desista! Vc tem um talento incrível em mãos e o mundo precisa dele

      Espero ler algo seu um dia!!

      Um cheiro :*

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  3. Amei o texto. Cheguei aqui pelo seu comentário no vídeo da Maíra Medeiros, espero que ela te note e indique seus livros. Eu amava escrever também, mas deixei para lá, sua história me deixou com vontade de escrever novamente. Um beijo e espero ter oportunidade de ler teus livros.

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