Minha inusitada história com a Pandorga






Hey, vem cá! Vamos conversar?

Hoje, leitor, trago a novela que foi para publicar esse livro. Senta que lá vem história...

Se você leu meu post de ontem, deve ter notado a quantidade de "não" que eu levei até ganhar o sim. Isso é importante e não devemos desistir nunca dos nossos sonhos. 
Bem, depois de ter mandado para muitas e muitas editoras e estar numa fase em que não acreditava que conseguiria, eu estava "serelepe" andando pelos corredores do colégio (pois o processo de Codinome Pandora foi dos meus 16 aos 18, então, eu ainda estudava no colégio). Eu tinha tido meu "amado" Enem (sinta o sarcasmo), pois detesto vestibulares. E, depois de ter saído de uma prova de merda de mais de cinco horas, desacreditada em qualquer futuro, morrendo de fome e com um péssimo humor, eu cheguei em minha casa e minha mãe cismou de conferir o bendito gabarito da prova, que havia saído.
Então eu vi que não passava.
Eu fiquei em minha fossa, ao som de Lana Del Rey e Adele, chorando durante todo um dia e noite, sem querer falar com ninguém, comer ou sair de casa. Minha mãe havia marcado um café com meu tio, no shopping, na livraria Saraiva. Claro que eu não quis ir, né? Mas mães no geral não aceitam "não" como resposta.
Porém, leitores, se elas não aceitarem, confie, elas sempre estão certas. 
Eu fui com minha família para o café da livraria, onde eu estava com um péssimo humor, e olha que eu sempre me alegro com livrarias. Eu estava detestando estar ali, pois me sentia uma zé ninguém.
Então, como todo o péssimo humor que eu estava, eu saí dali e desci as escadas e algo mágico aconteceu!

Eu vi o príncipe encantado?


Eu vi o meu crush vindo falar comigo?

Não me aguento com esse gif do Damon 💖💖


Eu vi alguém famoso?


Eu vi dinheiro no chão?



Promoção?



Não, não, não, não e não, leitor. Nada disso aconteceu. 

Eu bati numa pilha de livros, no melhor estilo filme, e derrubei tudo, chamando atenção da livraria inteira, ficando com mais vergonha ainda e ainda ganhando olhares irritados dos funcionários, que haviam acabado de arrumar tudo.



Eu fiquei morta de vergonha e querendo me enfiar no primeiro armário e fugir pra Nárnia. 
Lembro de ter pegado o resto de dignidade que tinha e arrumar os livros, mas quando eu estava terminando de arrumar:
"Ei?! Essa editora, eu ainda não enviei meu livro para ela"
Então, depois de ter chorado bastante, eu sorri, na verdade, gargalhei, feito uma louca mesmo, no meio da livraria. 
Primeiro, porque Pandorga e Pandora são parecidos. É só tirar o G.
Segundo, eu pensei: daquela editora eu ainda não levei um "não".

Então, eu anotei o nome no meu celular, fui para casa e mandei um email. No outro dia, estávamos negociando. Em uma semana, fechamos contrato. Em alguns meses, eu estava na Bienal, contando essa história para a Editora Chefe. 

O mundo tem algumas coisas inusitadas, mas que trazem a magia a vida. Se isso foi acaso ou destino, acho que nos nunca saberemos, leitores. No fundo, eu só tenho a agradecer.
Agradecer a Deus, por tudo; agradecer a minha mãe por ter me tirado de casa e me levado para a livraria; agradecer por ser desastrada; agradecer a Editora por terem acreditado e me dito sim; e agradecer a você, meu caro leitor ou leitora, por ter me dado a chance e por ter acreditado.
 Obrigada 💗

Voltarei com mais histórias, principalmente, da minha aventura pela Bienal!

Um cheiro,


 Thyaly Diniz

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